Interior (transfer)

Intervenção no Parque do Ibirapuera, por ocasião da 25ª Bienal de São Paulo. 2002.
Casa de madeira pré-fabricada. Menor medida encontrada no mercado - 45m².


A casa, adquirida pela Fundação Bienal, de uma empresa que constrói casas de madeira pré- fabricadas, não possuía portas, portanto não dava acesso a seu interior.
Desde o momento de elaboração do projeto, me interessava que a casa fosse construída do mesmo modo como as adquiridas para os padrões normais de moradia, apenas com algumas modifições. A casa não recebeu suas fundações e foi instalada numa clareira do Parque do Ibirapuera, durante a 25ª Bienal de São Paulo.
No projeto que desenvolvi, pedi à empresa construtora que fossem retiradas as portas de acesso ao seu interior, mantendo as janelas que davam visão ao seu interior, mas sem possibilitar o contato físisco do espectador ou usuário do parque, com os diferentes cômodos.
O título Interior (transfer) remetia a uma imagem decalcada sobre o lugar, mas não pertencente a ele. Para a visão total do trabalhoera necessário o deslocamento ao redor do espaço para que se constituíssem estes enquadramentos ou pontos de vista distintos do mesmo objeto.
As imagens diretas do tempo pela relação durativa da imagem seriam exploradas nos vídeos Boa-Vista, RING e Silent-film: in search of a pomeran house. Neste sentido, cabe falar deste projeto Interior (transfer) como portador de antecedentes das estratégias posteriores, as que virão nos trabalhos fílmicos.




Vistas da intervenção Interior (transfer).

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